SINTRAFI Barretos participa do Dia Nacional de Luta e denuncia ambiente insustentável no BB: metas abusivas, adoecimento e desrespeito à direitos garantidos pela CCT marcam rotina dos trabalhadores

O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e Região participou ativamente, nesta quarta-feira (22), do Dia Nacional de Luta no Banco do Brasil — mobilização convocada pelo movimento sindical para denunciar os ataques e o desrespeito da direção do BB aos direitos de seus trabalhadores e trabalhadoras. A atividade, que ocorreu em todo o país, envolveu a distribuição de um Infopress aos bancários e à população, denunciando as medidas adotadas pela presidência do banco, que têm intensificado a pressão por metas e ampliado o adoecimento no ambiente de trabalho.

As mudanças recentes implementadas pela direção do Banco do Brasil agravaram a sobrecarga dos funcionários e impuseram novas restrições sem qualquer diálogo com as entidades representativas. Entre as medidas mais graves estão o impedimento de gozo de férias nos meses de novembro e dezembro, o fim do pagamento das substituições e o aumento da jornada de trabalho, além do anúncio da extinção dos caixas — decisões que ferem direitos históricos da categoria e revelam uma gestão cada vez mais voltada à lógica do setor privado.

“O atual modelo de gestão do Banco do Brasil prioriza resultados e metas desumanas em detrimento da saúde e da dignidade dos trabalhadores. Essa política tem provocado sofrimento psíquico, intensificação das cobranças e uma perigosa individualização das relações de trabalho, incompatível com a natureza pública e social que o banco deveria preservar”, destacou o secretário de Saúde, Condições de Trabalho e Assuntos Jurídicos do Sindicato, Marcelo Benedito.

Além de denunciar esses ataques, a mobilização também serviu para alertar sobre a situação da Cassi, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil, que enfrenta desequilíbrios após o programa Performa e a redução de salários. As entidades defendem o retorno ao modelo 70/30 e o reforço da responsabilidade do banco na manutenção do plano.

O presidente do Sindicato, Marcelo Martins, reforçou que o enfrentamento aos retrocessos no Banco do Brasil é uma luta de todos. 

“Nossa luta é para que o banco volte a respeitar seus funcionários e valorize quem constrói seus resultados diariamente. Não aceitaremos a precarização das condições de trabalho nem o enfraquecimento de conquistas históricas. O que está em curso é um ataque direto aos direitos, à saúde e à representação sindical dos trabalhadores. Por isso, seguimos firmes, mobilizados e unidos em defesa da categoria e do papel público do BB”, afirmou.

Fonte: SINTRAFI Barretos