Movimento sindical critica postura do Mercantil por demitir dirigentes sindicais e desrespeitar a CCT da categoria
A Contraf-CUT e o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e
região repudiam com veemência a postura do Banco Mercantil, que realizou
demissões sem justa causa de dirigentes sindicais na base de sindicatos
filiados à Feeb-SP/MS. As dispensas ocorreram nas cidades de Araras,
Guaratinguetá (base do Sindicato dos Bancários de Rio Claro e Guaratinguetá) e
São Carlos.
De acordo com os respectivos Sindicatos, o banco justificou as demissões
alegando baixa produtividade, mas ignorou completamente o direito à estabilidade
sindical garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), documento que o
próprio Mercantil assinou junto à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Durante reunião realizada na última segunda-feira (20), representantes da
Feeb-SP/MS e dos Sindicatos em questão tentaram dialogar com a direção do banco
em busca de uma solução. No entanto, o Mercantil se recusou a reconhecer a
estabilidade dos dirigentes, demonstrando total desrespeito às normas coletivas
e ao movimento sindical bancário.
Para agravar ainda mais a situação, o banco condicionou qualquer possibilidade
de solução à retirada de ações individuais e coletivas movidas por estes
Sindicatos — inclusive processos anteriores à atual Cláusula 67, que trata da
estabilidade de dirigentes.
A Contraf-CUT e o SINTRAFI Barretos região consideram a postura do Banco
Mercantil inaceitável e antissindical, ferindo direitos fundamentais
conquistados historicamente pela categoria bancária.
“Ao negar a validade de um acordo que ele mesmo assinou e demitir dirigentes
sindicais com estabilidade, o Banco Mercantil afronta não apenas os sindicatos,
mas toda a estrutura de representação dos trabalhadores. Exigimos a imediata
reintegração dos demitidos e o cumprimento integral da CCT”, acrescenta a
presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.
A Contraf-CUT informa ainda que vai denunciar o Banco Mercantil ao Ministério
Público do Trabalho (MPT) por prática antissindical, e reforça que continuará
acompanhando o caso junto à Feeb-SP/MS e aos sindicatos envolvidos, tomando
todas as medidas cabíveis para garantir o respeito à Convenção Coletiva, à
organização sindical e aos direitos das trabalhadoras e dos trabalhadores do
sistema financeiro.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de SINTRAFI Barretos
