Bancários de Barretos e região se unem ao Dia Nacional de Luta contra demissões, fechamento de agências e adoecimentos no Itaú

 

Nesta terça-feira (14), o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e Região realizou diversas mobilizações nas agências do Itaú lotadas na base da entidade, em adesão ao Dia Nacional de Luta convocado pela COE/Itaú. A ação fez parte da jornada de manifestações que ocorreram em todo o país, em protesto contra o fechamento de agências, as demissões em massa e o adoecimento dos trabalhadores causado pelas metas abusivas impostas pelo banco.

Durante as atividades, dirigentes sindicais dialogaram com os trabalhadores e com a população, distribuindo o InfoPress, boletim informativo que denuncia a dura realidade vivida pelos bancários e contrasta com a imagem de sucesso e responsabilidade social que o Itaú tenta vender em suas campanhas publicitárias milionárias.

“Para tornar reais as campanhas que exibe na TV, o Itaú precisaria começar valorizando quem realmente constrói seus lucros: os trabalhadores. São eles que sustentam o funcionamento do banco, mesmo sob pressão, sobrecarga e medo constante de demissão”, destacou o diretor do Sindicato, Marco Antônio Pereira (Marquinho).

Os números revelam o tamanho da contradição: só em 2024, 7.721 bancários foram demitidos pelo Itaú. No segundo trimestre de 2025, o banco desligou mais 500 funcionários e fechou 223 agências físicas, mesmo tendo lucro superior a R$ 22 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano.

“Enquanto o Itaú celebra ganhos bilionários, milhares de famílias enfrentam o desemprego e a insegurança financeira. Muitos bancários adoecem devido à pressão por metas inalcançáveis e ao acúmulo de funções nas agências cada vez mais enxutas. Essa política desumana precisa ter fim”, reforçou Marquinho.

A mobilização buscou unir os bancários e sensibilizar a sociedade sobre o desrespeito com que o banco tem tratado seus funcionários.

O movimento também alertou para os riscos da substituição do atendimento humano pela digitalização desenfreada.

“Não somos contra a tecnologia. Mas ela deve servir para melhorar o atendimento e as condições de trabalho — e não apenas para aumentar os lucros dos bancos ou monitorar os trabalhadores, pressionando-os ainda mais por produtividade. O Itaú é uma concessão pública e tem obrigação de garantir acesso a todos, inclusive à população que ainda precisa do atendimento presencial”, concluiu o dirigente.

Fonte: SINTRAFI Barretos