Pirâmide social do SuperCaixa: resultados de agosto da Vivar deixariam base de fora, mas garantiriam bônus ao topo
Os resultados da Caixa de agosto demonstram a falta de
equidade do programa SuperCaixa: enquanto apenas 30% das agências e PAs
fecharam o mês de agosto no azul, ou seja, com nota superior a 100% no
resultado.caixa (e, portanto, estariam habilitadas a receber a comissão pela
venda de produtos da Caixa Seguridade se a apuração fosse feita hoje), todas as
SURVs (que agregam o resultado das agências de vinculação), a Dered e a Vivar
(que consolidam o resultado de todas as unidades da Rede na Caixa) fecharam o
mesmo período com nota superior a 100% e, portanto, habilitariam suas chefias a
receber o comissionamento.
Os números expostos mostram também uma inadequação na
distribuição das metas: se a Caixa, como um todo, teve resultado acima de 100%
do esperado e, ao mesmo tempo, apenas 30% das agências também conseguiram
atingir os 100%, fica evidente que a distribuição das metas deve ser revista,
considerando as características de cada unidade.
“Chama a atenção o fato de que, enquanto a Caixa Seguridade
comemora recordes em emissões de prêmios de seguros, com índices de crescimento
acima de 100%, e em arrecadação de capitalização, os empregados que são os
responsáveis por promover este resultado ficaram mais longe de ter o
reconhecimento financeiro pelo seu esforço, já que, pelas novas regras, apenas
30% das unidades teriam seus empregados habilitados a receber o comissionamento
pela venda de produtos. Enquanto isso, a alta administração receberia seus
bônus e comissionamento, já que o resultado agregado da rede até agosto superou
os 100% do esperado. Na prática, pelo resultado de momento, a mudança na regra
do jogo deve realmente fazer com que se pague menos para os empregados das
agências, que são os responsáveis pela comercialização dos produtos, mas a alta
administração não sente os efeitos das alterações”, avalia o diretor-presidente
da Apcef/SP, Leonardo Quadros.
“Os empregados estão indignados com as mudanças unilaterais
realizadas pela direção do banco. Nossos representantes devem pautar o tema no
GT Banco do Futuro e reforçar nossa cobrança por alterações no programa”,
finaliza Leonardo.
Fonte: Apcef/SP