Representantes do GT Banco do Futuro definem pautas da próxima reunião com a Caixa
O Grupo de Trabalho (GT) Banco do Futuro se reuniu na última quarta-feira (27/08) para discutir e organizar as pautas que serão apresentadas
à Caixa na próxima reunião, prevista para a próxima semana.
Entre os principais pontos debatidos está o acompanhamento
do projeto Teia, migração digital e a materialização de conceitos como super
caixa e Caixa Verso. O grupo também ressaltou os apontamentos durante o 40º
Congresso Nacional das Empregadas e Empregados da Caixa Econômica Federal
(Conecef).
Sobre os impactos do projeto Teia, os participantes vão
cobrar da Caixa informações sobre o andamento e os resultados da iniciativa, as
entregas realizadas e como a direção avalia os próximos passos. “É preciso que
a Caixa se posicione sobre como foram esses dois anos de projeto e o que se
espera daqui para frente. É bastante razoável que tanto investimento traga
retorno e é isso que queremos saber’. afirmou Rafael de Castro, diretor da
Fenae, membro da CEE/Caixa e do GT Banco do Futuro.
Os representantes também têm como prioridade pautar a
direção da empresa sobre sistemas de mensuração de resultado, que compara
unidades internas e estimula disputas entre agências. Para os representantes,
esse modelo gera clima de competição excessiva, prejudica a saúde dos empregados
e não contribui para o papel social da Caixa.
“Queremos construir com a Caixa e seu conjunto de empregados
um método para competir com o mercado externo, fortalecendo o banco como
instrumento de crédito, bancarização, inclusão e desenvolvimento social e não
esse ambiente acirrado internamente, adoecendo e favorecendo o ambiente de
terror, que vai na contramão do que a Caixa é: o banco do povo!”, argumentou
Rafael.
A migração digital, a criação de novos modelos de agência e
a materialização de conceitos como super caixa e Caixa Verso foram outros
assuntos debatidos. O GT entende que a inovação precisa estar conectada às
demandas reais da população e dos trabalhadores.
Sobre o modelo das agências digitais, o grupo refletiu que o
movimento tem preocupado, sobretudo pela forma como a Caixa vem conduzindo a
realocação e redistribuição repentina de empregados. “Muitos clientes já haviam
migrado de agências físicas para digitais há menos de 30 dias e agora se
deparam com novas mudanças de unidades ou de gerentes responsáveis pelo
atendimento, sem qualquer aviso prévio”, destacou Joana Lustosa, integrante do
GT e diretora da Apcef/AP.
Joana acrescenta que a falta de comunicação pode gerar
insatisfação e comprometer a relação com os clientes. “Além disso, a ausência
de planejamento estratégico afeta a motivação dos empregados, reforçando a
urgência de repensar o modelo de atuação das agências digitais”, ressaltou.
O grupo enfatizou a relevância de trazer o debate para o
aspecto humano, abordando tanto o impacto das mudanças tecnológicas no
atendimento social quanto a necessidade de novas soluções digitais. A reunião
também trouxe reflexões sobre a implementação do atendimento digital na
Caixa.
O debate sobre inovação incluiu ainda a possibilidade de
desenvolver aplicativos semelhantes aos de instituições digitais, que ampliem a
competitividade da Caixa no mercado e ofereçam novas formas de relacionamento
com clientes.
Conecef
O grupo reforçou a discussão feita durante o
Conecef, sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) nos processos do banco, e
reiterou a visão de que a Caixa do Futuro deve permanecer como instrumento de
transformação social, equilibrando tecnologia, inovação e compromisso com o
atendimento humano.
Fonte: Fenae