SuperCaixa, problemas no VPN e Saúde Caixa foram pauta em reunião com a Caixa
O novo programa SuperCaixa, que acabou de ser anunciado pelo
banco aos empregados, está dando o que falar nas unidades da Caixa em todo o
país. E a Comissão Executiva dos Empregados (CEE), representando o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e região, já questionou o banco sobre
esse novo programa que deve fundir o TDV e o Bônus Caixa, durante a reunião
realizada na quinta-feira (3).
“As empregadas e os empregados, tanto gestores, quanto
subordinados, não podem ser prejudicados pelas mudanças que a Caixa está
colocando em prática”, disse a diretor da Contraf-CUT, Rafael de Castro. “O
novo regulamento apresenta impactos significativos sobre a remuneração e na
quantidade de beneficiários. É um assunto urgente. Precisamos saber se a Caixa
valoriza os esforços de seus empregados, ou se a contenção de despesas está em
primeiro lugar”, completou.
O banco vai agendar uma reunião, o mais breve possível, para
tratar do assunto, mas adiantou que a intensão é incluir o pessoal técnico das
unidades na distribuição dos resultados. Ou seja, aumentar o público.
Acesso remoto / home office
A representação sindical dos trabalhadores também pediu
informações sobre os problemas para o acesso VDI/VPN, que impede o trabalho
remoto. “O banco não tem estrutura para que todos trabalhem nas unidades
físicas. Quem não conseguir trabalhar tem que ter o dia abonado”, ressaltou a
diretora da Contraf-CUT, Eliana Brasil.
Os representantes dos trabalhadores também pediram mais
informações sobre a mudança da política de trabalho remoto da empresa.
“Houve anúncio pela empresa sobre a mudança de política de
trabalho remoto, Aliás, talvez devido ao problema do VPN, foi cancelada uma
live que seria realizada agora à tarde para tratar do assunto. Mas, as
informações são de que haverá o retorno ao presencial, com exceção de alguns
casos que serão analisados. Precisamos que a Caixa deixe claro, quais são estes
casos; quais critérios serão utilizados e qual a graduação para esse retorno”,
disse a representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo
(Fetec-CUT/SP), Luiza Hansen.
Luiza também lembrou que existem problemas de estrutura
física do prédio. “Além de não haver não comportar todos os empregados que
estão em home, alguns prédios têm problemas com o elevador e não têm o número
mínimo de pessoas que tenham feito os exercícios de evacuação em casos de
emergência”, completou.
Saúde Caixa
As negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho
(ACT), específico do Saúde Caixa começarão ainda neste mês. Após insistentes
cobranças da representação dos empregados, ficou acertado que a primeira
reunião acontecerá na terceira semana de julho. A data somente não foi definida
devido a acertos necessários na agenda.
Vacina da gripe
A CEE lembrou que a vacinação contra a gripe é uma das
exigências da Caixa para o recebimento do delta (Promoção por Mérito) e que, no
entanto, o banco não ofereceu a vacina neste ano.
Como já estamos em julho e, normalmente a vacinação contra a
gripe ocorre em abril (no máximo em maio), muitos empregados e empregadas já
tomaram a vacina por sua conta, seja pelo SUS, seja em clínicas particulares. A
CEE cobrou que o banco aceite o comprovante de vacinação destes casos como
cumprimento da exigência.
O banco está analisando o caso, mas que a vacina do SUS deve
ser aceita.
Mais promoção por mérito
A representação dos empregados alertou para a dificuldade
para o pessoal da rede de agências realizar os cursos oferecidos pelo banco que
são exigidos para o recebimento do delta. A dificuldade se dá por causa da alta
demanda por atendimento na rede.
Também houve a cobrança para que a Caixa crie uma forma que
permita aos empregados verificar quais exigências já foram cumpridas e quais
faltam cumprir para o recebimento do 1º e do segundo delta.
PCD/TEA
A presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Tatiana
Oliveira, representante da Federação dos Bancários do Centro Norte (Fetec-CN),
trouxe à mesa para discussão casos em que a Caixa negou o direito de redução da
jornada para uma empregada com filho PCD, mesmo depois de terem sido
apresentados laudos médicos que comprovam a deficiência.
“Teve casos em que a Caixa usou nosso acordo para derrubar
liminares que obrigavam a Caixa de reduzir a jornada. E neste caso, a junta da
Caixa alegou que, mesmo com a redução da jornada, o trânsito não permitiria a
chegada na clínica onde é realizada a terapia. Sugeriram a entrada mais cedo,
bem antes da abertura da agência bancária e a mudança do horário da terapia”,
disse. “No processo negocial não foi isso o que acertamos. O que foi dito é que
os casos seriam analisados com base nos laudos médicos. É preciso que seja
feita uma reorientação desta junta, para que fique claro que esse é um direito
e quais são os documentos as serem analisados”, completou.
Antônio Abdan, outro representante da Fetec-CN, questionou
qual a competência e função da junta e, com base na resposta, observou: “Se não
é uma junta médica, se é apenas para conversar com empregado, não faz análise
técnica, se não pode contestar o laudo médico, como pode negar o direito mesmo
havendo laudo técnico?”
O representante da Fetrafi-SC, Edson Heemann, lembrou
durante as negociações sobre este tema, ocorridas na Campanha Nacional de 2024,
já havia sido alertado que “a Caixa precisa mostrar que, de fato, quer ser uma
empresa cidadã. Que ela realmente quer combater as desigualdades e proteger os
diferentes”, disse. “A Caixa precisa se adequar e encarar como uma nova
realidade as diferenças de seus empregados e dos filhos deles. Só assim ela
poderá dizer que é uma empresa acolhedora e que respeita as diferenças”, disse.
Emissão da CAT
A CEE disse observou que ainda existem casos em que a Caixa
está se negando a emitir o Comunicado de Acidente de Trabalho (CAT), até quando
há ocorrência de assaltos.
GT Bancários do futuro
A reunião também tirou uma data indicativa de 15 de julho,
para a realização da primeira reunião do Grupo de Trabalho Bancários do Futuro.
A reunião deve ser presencial, a princípio, em Brasília.
Nova reunião de negociação
Além das reuniões dos GTs e a mesa específica para
negociação sobre o Saúde Caixa, a representação dos trabalhadores cobrou uma
nova reunião de negociação sobre os temas que ficaram pendentes, inclusive a
questão da sobrecarga e o alto índice de adoecimento das empregadas e
empregados e outros problemas que colegas afastados para tratamento de saúde
vêm enfrentando.
A Caixa vai consultar a agenda dos departamentos que devem
responder as demandas e informará a data para a Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de SINTRAFI Barretos