Sindicato protesta contra fechamento de agências, demissões e precarização do emprego no Itaú

 

Nesta terça-feira (8), o Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e região esteve percorrendo as agências do Itaú lotadas na base da entidade para dialogar com os trabalhadores e a população sobre os abusos que o banco vem cometendo contra a categoria, clientes e usuários dos serviços bancários, como o fechamento de agências, adoecimento mental e precarização do emprego no setor.

A atividade integra o Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Itaú, convocado pela Contraf-CUT e pela COE-Itaú.

Na ocasião, foi distribuído um InfoPress, trazendo dados contrastantes entre os lucros bilionários do banco e sua política de gestão, que extermina postos de trabalho, demite e sobrecarrega funcionários, precariza o atendimento e empurra clientes para os canais digitais enquanto cobra tarifas cada vez mais abusivas, ignorando sua responsabilidade social enquanto concessão pública.

Nos últimos 12 meses, o Itaú fechou 222 agências que atendiam cerca de 1,4 milhão de clientes que foram realocados para outras unidades. Na base do Sindicato, Pitangueiras perderá nos próximos dias a única agência do banco no município, que fechará às portas à população em 31 de julho.

“O fechamento das agências atinge muito além dos bancários. Quando o Itaú fecha uma unidade, como vai acontecer em Pitangueiras, não é só o trabalhador que perde o emprego — toda a comunidade perde. A população fica sem atendimento presencial, idosos e pessoas que não têm acesso ou habilidade com canais digitais sofrem ainda mais, e o comércio local sente o impacto, porque o banco também movimenta a economia da cidade. É menos circulação de dinheiro, menos crédito, menos segurança para pequenos empresários e para o desenvolvimento local”, ressalta o diretor do Sindicato, Marco Antônio Pereira.

O movimento sindical bancário também apresentou, durante os protestos, as seguintes reivindicações ao Itaú:

- Fim das metas abusivas e das realocações forçadas;
- Contratação de mais trabalhadores;
- Reabertura de agências essenciais;
- Transparência no programa GERA; e
- Segurança e dignidade para quem trabalha.

“Nosso Sindicato vem denunciando essa política nefasta do Itaú há tempos e seguirá firme e mobilizado até que o banco respeite não somente seus trabalhadores, mas também a população que depende dos serviços bancários. Não podemos aceitar que um banco que lucra bilhões continue destruindo empregos, ignorando sua responsabilidade social e adoecendo a nossa categoria”, concluiu Marquinho.

Fonte: SINTRAFI Barretos, com informações da Contraf-CUT