Empregados reivindicam reajuste zero do Saúde Caixa
Empregadas e empregados da Caixa Econômica Federal realizam,
nesta terça-feira (17), um Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, para
reivindicar reajuste zero nas mensalidades do Saúde Caixa e melhorias no plano
de saúde. Durante o dia serão realizadas ações nas agências e departamentos
administrativos do banco, com a leitura de uma Carta Aberta a Caixa e, à noite, uma live para
debater o tema.
A Carta
A Carta Aberta à Caixa ressalta que os empregados
desempenham um papel essencial para o país, mas que estão indignados com as
atitudes da direção do banco em relação ao Saúde Caixa.
Em um trecho do texto os empregados afirmam “nossa saúde não
pode ser negligenciada!” Em outro, lembram quem o “Saúde Caixa, que sempre foi
baseado em um modelo justo e solidário, vem sendo atacado nos últimos anos” e
que a “empresa tem transferido progressivamente os custos do plano para nós,
trabalhadores.”
“A Caixa justifica essa transferência de custos aos
empregados, dizendo que o Estatuto do banco limita os gastos com a saúde do
quadro de pessoal a um teto de 6,5% da folha de pagamento. Mas, esse limite é
imposto pelo próprio banco”, observa o coordenador da Comissão Executiva dos
Empregados (CEE) da Caixa, Felipe Pacheco, ao lembrar que a resolução 52 da Comissão Interministerial de
Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União
(CGPAR) permite que o banco arque com até 70% dos custos com saúde, exatamente
o percentual definido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde
Caixa.
A carta aberta observa que “quando o limite de gastos é
atingido, a empresa simplesmente deixa de cumprir sua parte.” O coordenador da
CEE/Caixa reforça que “o único objetivo do banco é restringir sua
responsabilidade com o custeio do plano”.
O texto diz também que, além dos custos das mensalidades,
existem problemas com a rede credenciada e com a centralização do atendimento
aos usuários e prestadores de serviços, o que gera demora para resolução de
problemas, como o reembolso de gastos dos usuários e o pagamento de serviços
prestados pelos profissionais e estabelecimentos credenciados.
“Por isso, reivindicamos reajuste zero e também melhorias no
plano de saúde”, concluiu Felipe.
Live
Também nesta terça-feira (17), a partir das 19h, as
entidades também farão uma live para tratar sobre a situação do plano de saúde.
A transmissão ao vivo será realizada pelo Youtube da Contraf-CUT.
Fonte: Contraf-CUT