Saúde Caixa: desequilíbrio financeiro reforça reivindicação pelo fim do teto estatutário
Hoje, o estatuto social da Caixa limita em 6,5% da folha de
pagamentos os gastos do banco com a saúde de seus empregados. Este limite
impede que a Caixa arque com os 70% dos custos do Saúde Caixa, conforme
estipulado no ACT específico do plano. Com isso, o somatório das contribuições
dos usuários está se aproximando dos 50% dos custos do Saúde Caixa. “Os valores
de mensalidades cobrados dos usuários do plano já estão muito altos.
Independentemente de idade, ou faixa salarial, já extrapolou o limite do que
podemos pagar”, reforçou o coordenador do GT Saúde Caixa.
O representante da Federação dos Empregados em
Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul
(Feeb/SP-MS), Carlos Augusto (Pipoca), ressaltou ainda que a política de
custeio estabelecida pelo banco “pressiona os colegas a saírem do plano e
buscar uma alternativa no mercado, principalmente aqueles que têm salários mais
altos”, disse.
“Só não fizeram isso ainda porque o Saúde Caixa tem
coberturas que os planos de saúde ofertados pelo mercado não possuem e, mesmo
assim, também têm altos custos e o risco de aumentos bruscos de preços, a
redução drástica da rede credenciada e da qualidade do atendimento, devido à
regulamentação precária dos planos de saúde no país”, ressaltou o representante
da Federação das Bancárias e dos Bancários do Estado do Rio de Janeiro
(Federa-RJ), Serginho Amorim. “Cobramos que o Saúde Caixa melhore sua rede
credenciada, e contenha os aumentos das mensalidades para evitar que o plano se
iguale aos demais e, desta forma, haja uma debandada de usuários”, completou.
Queremos Saúde, Caixa
Desde fevereiro, a Contraf-CUT, juntamente com federações e
sindicatos de bancários de todo o país, realizam uma campanha para cobrar a
melhoria da qualidade de atendimento e a contenção dos custos das mensalidades
pagas pelos usuários do Saúde Caixa.
“Precisamos continuar realizando ações de racionalização das
despesas para reduzir os custos desnecessários, mas para conter os aumentos de
mensalidades é fundamental que a Caixa retire de seu estatuto o teto de custeio
com a saúde do seu quadro de pessoal”, observou o coordenador do GT Saúde
Caixa.
“Além disso, para manter a viabilidade do plano, precisamos
melhorar a qualidade da rede de atendimento. Uma ferramenta para isso é a volta
dos comitês regionais de credenciamento e descredenciamento. Depois de nossa
reivindicação, o banco se comprometeu a reativá-los, o que será muito
importante para ampliar os vínculos entre os usuários e o plano, que possamos
melhorar a comunicação e avançar na busca de soluções para os problemas
locais”, completou.
Próxima reunião
O banco se comprometeu a realizar uma nova reunião daqui a
um mês para apresentar os dados consolidados do trimestre. A data ainda não foi
definida, mas a previsão é a de que seja logo após à divulgação do balanço
trimestral do banco.
Fonte: Contraf-CUT