Projeto Teia: Empregados cobram garantias e explicações sobre mudanças
A coordenação da representação das empregadas e empregados
da Caixa Econômica Federal se reuniu com o banco, na terça-feira (22), para
apresentar reclamações e angústias dos trabalhadores sobre as mudanças no
programa Transformação, Engajamento, Inovação e Aprendizado (Teia), criado para conduzir a Caixa à transformação digital.
Na semana passada, pouco mais de um ano após ter lançado o
Teia, o banco fez uma live com os empregados para apresentar as mudanças que
podem prejudicar muitos dos empregados que hoje estão ao programa.
> Veja ao final deste texto alguns
depoimentos de empregados
Garantias
“Na live, o banco disse que não haverá perda salarial para
aqueles que voltarem para suas unidades de origem e nem ocorrerão retaliações.
Mas queremos que a Caixa dê garantias formais”, disse o diretor da Contraf-CUT
e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa, Rafael de
Castro. “Também queremos que haja negociações urgentes sobre o PFG (Programa de
Funções Gratificadas)”, completou.
Para a conselheira eleita pelos empregados para
representá-los no Conselho de Administração da Caixa, Fabiana Uehara, não
existem dúvidas da urgência da transformação digital. “E o Teia foi um passo
importante dado pela direção do banco. Mas, pra que fazer uma comunicação
atropelada sem nem ter fechado ainda como se darão as mudanças? Além disso,
qualquer mudança que gere impacto para os trabalhadores deve ser dialogada em
mesa permanente de negociação. Não é razoável que colegas que se dedicaram em
iniciativas importantes tenham que optar pessoalmente em ter prejuízo na renda
para dar continuidade ao projeto criado pelo banco”, ponderou.
Suspensão do processo e negociações
A representação dos trabalhadores exigiu que o banco suspenda
o prazo de início da implementação das mudanças e abra negociações sobre este
processo. “O banco não pode tomar a decisão sem negociar. As pessoas precisam
entender o que está acontecendo e tempo para assimilar as mudanças”, concluiu
Rafael. “Esperamos que a Caixa agende com urgência uma reunião para tratarmos
do assunto. Estamos à disposição do banco e nossa expectativa é a de o banco
entenda que é extremamente saudável e maduro por parte da direção seguir pelo
caminho do diálogo. É o futuro da empresa e de todos nós empregados que está em
jogo”, concluiu Rafael.
Depoimentos recebidos pelos sindicatos
“Estou cursando TI e coincidiu de surgir a TEIA. Já vinha
buscando alternativa porque o ambiente de agência não estava me fazendo bem.
Surgiu a Teia. Estava aqui apaixonado e empenhado no trabalho”.
“Os líderes, inclusive ficaram ***** porque não foram
consultados na construção do PFG. E ainda ficaram com a parte ruim de passar
para a equipe. Tudo parado! E clima de decepção até mesmo de quem permanecerá
numa função semelhante. Porque esperava ser valorizado e não enxerga
desenvolvimento profissional nesta mudança. Além disso, muitos largaram
carreira em suas unidades para esse assumir esse papel”.
“A transformação digital é muito séria, é o futuro da
empresa. É questão de sobrevivência. Não dá para, em 2025, não entender que é
investimento?”
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Fonte: Contraf-CUT, com edição de SINTRAFI Barretos