Entidades iniciam negociações com o Banco do Brasil para fortalecer a Cassi
Nesta quarta-feira (2), foi instalada a mesa de negociação
para discutir a perenidade e sustentabilidade da Caixa de Assistência dos
Funcionários do Banco do Brasil (Cassi). A iniciativa representa um passo
fundamental para garantir a solidez do plano de saúde dos associados,
considerado um patrimônio do funcionalismo.
A abertura da rodada de negociação contou com a presença da
vice-presidente Corporativa do Banco do Brasil, Ana Cristina, acompanhada por
diretores e gerentes das áreas envolvidas no tema. Também participaram
dirigentes da Cassi, incluindo o presidente Cláudio Said, que apresentou a
situação atual da entidade e suas perspectivas futuras. Said destacou a visão
plurianual para os resultados financeiros e reforçou a decisão da gestão de
manter o projeto de atenção primária à saúde, apesar da projeção de déficit.
Além disso, abordou a recomposição da rede de atendimento, o volume de
consultas na CliniCASSI, a redução de atendimentos em pronto-socorro e
internações, bem como os avanços no uso de inteligência artificial para a
gestão de autorizações e no gerenciamento de risco da população assistida.
As entidades representativas dos funcionários estiveram
presentes na negociação, incluindo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do
Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Confederação Nacional dos Trabalhadores nas
Empresas de Crédito (Contec), Associação Nacional dos Funcionários do Banco do
Brasil (Anabb), Associação dos Antigos Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB)
e a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil
(FAABB). Membros da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB também
participaram desta primeira rodada.
Os representantes dos funcionários ressaltaram a necessidade
de buscar soluções sustentáveis para a Cassi, destacando a importância de um
modelo viável a longo prazo. Eles enfatizaram que o momento e o ambiente são
favoráveis a um processo negocial que leve a uma solução conjunta e perene.
Como a Cassi é uma entidade de autogestão e uma construção coletiva, a participação
ativa dos associados será essencial para seu fortalecimento. O engajamento do
funcionalismo nos debates e nas decisões será determinante para garantir
transparência e encaminhamentos que atendam aos interesses de todos.
A coordenadora da mesa de negociação e da Comissão de
Empresa do Banco do Brasil, Fernanda Lopes, reforçou a responsabilidade
compartilhada entre funcionários e BB para garantir a sustentabilidade da
Cassi. "Nosso interesse é garantir que a Cassi, fundada por nós
funcionários, continue sendo o melhor plano de saúde, inclusive considerando os
resultados financeiros. É responsabilidade de todos os participantes cuidar
para que a Cassi seja perene e atenda os funcionários da ativa, aposentados e
seus dependentes da melhor maneira. Não é só uma responsabilidade dos
funcionários, mas também da empresa. A consulta passa pelo corpo funcional,
então é preciso que todos entendam o momento que a Cassi está vivendo",
afirmou.
Durante as discussões, foi lembrado que existe uma mesa
específica para tratar do direito de os funcionários egressos de bancos
incorporados terem acesso à Cassi. O Banco do Brasil firmou um compromisso em
acordo coletivo para apresentar uma proposta sobre o tema até julho de 2025.
Próxima reunião
A próxima rodada de negociações está prevista para o dia 22 de abril.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Barretos e região, bem como as demais entidades representativas, manterá todos os funcionários atualizados através de seus canais oficiais, reforçando a importância de obter informações de fontes confiáveis e evitar desinformação e a propagação de notícias falsas.
Fonte: Contraf-CUT, com edição de SINTRAFI Barretos