Emprego formal e salários batem recordes no primeiro trimestre de 2025
A mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
(Pnad-Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), divulgada na última sexta-feira (28), mostrou que, no
trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o rendimento dos trabalhadores no
país chegou ao recorde da série, com a média de R$ 3.378. Outro recorde foi o
número de trabalhadores e trabalhadoras com carteira assinada, que chegou a
39,6 milhões.
Já a taxa de desocupação, apesar de ter aumentado em 0,7 ponto percentual em
relação ao trimestre anterior, ficou 1,0 ponto percentual menor do que a
verificada no mesmo período de 2024, mostrando que não houve queda no nível de
emprego em relação ao ano passado.
De acordo com o IBGE, a população desocupada cresceu 10,4% em relação ao
trimestre anterior. São 7,5 milhões de pessoas, no entanto, este número é 12,5%
menor do que no mesmo trimestre de 2024.
Para Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, “esta
alta segue o padrão sazonal da PNAD contínua com a tendência de expansão da
busca por trabalho nos meses do primeiro trimestre de cada ano”.
Formalização avança
O emprego com carteira no setor privado cresceu 1,1% no trimestre
e 4,1% no ano, atingindo o maior patamar desde 2012.
Outros destaques
- Trabalho sem carteira recuou 6% (ficando em 13,5 milhões).
- Setor público emprega 12,4 milhões (alta anual de 2,8%).
- Autônomos ficaram estáveis no trimestre e subiram 1,7% no ano (25,9 milhões);
- A taxa de informalidade caiu para 38,1% (39,1 milhões de trabalhadores)
Salários em alta: indústria e serviços puxam crescimento
Na comparação anual, construção (+5,4%) e serviços domésticos (+3,1%) lideraram os avanços. A massa salarial total atingiu R$ 342 bilhões, outro recorde, com crescimento de 6,2% em 12 meses.
A PNAD Contínua é a principal pesquisa para monitoramento da
força de trabalho no Brasil. A cada trimestre, o levantamento abrange 211 mil
domicílios em todo o país, com a participação de cerca de dois mil
entrevistadores distribuídos em 26 estados e no Distrito Federal. A coleta de dados
ocorre por meio de uma ampla rede que inclui mais de 500 agências do IBGE.
> Consulte os dados da PNAD no Sidra.
Fonte: CUT, com edição de SINTRAFI Barretos