Caixa comemora 164 anos neste domingo (12)
A Caixa Econômica Federal completa 164 anos neste domingo, dia 12 de janeiro.
“O banco faz parte da vida de todo brasileiro. É o
responsável pelo pagamento do FGTS, do Bolsa Família, do Seguro Desemprego, do
abono salarial, faz a gestão das Loterias, do Minha Casa, Minha Vida, e de
tantos outros programas de benefícios sociais do Governo Federal”, observou o
diretor da Contraf-CUT e coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE)
da Caixa, Rafael de Castro.
“E somos nós, empregadas e empregados da Caixa, que
atendemos toda essa população. Fomos nós, que durante a pandemia de covid, nas
enchentes do Rio Grande do Sul, e em tantos outros momentos de tragédia, e
também em momentos de alegria, estivemos e sempre estaremos lado a lado com a
população. Somos nós que fazemos com que a Caixa seja chamada de ‘o banco do
povo brasileiro’. E temos muito orgulho disso”, completou a empregada da Caixa
e secretária de Formação da Contraf-CUT, Eliana Brasil.
Em novembro, a Caixa divulgou seu balanço dos nove primeiros
meses de 2024. Entre janeiro e setembro de 2024, o banco pagou R$ 310,5 bilhões
em benefícios sociais. Foram atendidas 22,3 milhões de famílias pelo Programa
Bolsa Família, com R$ 121,8 bi pagos no período. É o maior programa de
benefícios do governo federal. Outros R$ 115 bi foram pagos com benefícios do
INSS, R$ 40,1 bi de Seguro Desemprego, R$ 24,5 bi de Abono Salarial e R$ 9,1 bi
de outros benefícios. Além disso, em julho de 2024, a Caixa era a responsável
por 70% dos financiamentos imobiliários do país.
Defesa da Caixa e de sua atuação
Rafael explica que a Caixa foi criada em 1861 para atender o povo brasileiro, para fazer o que os outros bancos não faziam e não fazem.
“A
importância da Caixa é enorme para nosso país. É o único banco de atendimento
ao público controlado pelo Governo Federal que atua em todo o território
nacional. Seu papel de fomento ao desenvolvimento e de controle da economia é
essencial”, disse. “Mas, apesar de ter retomado esse caráter nos últimos dois
anos, passou por pelo menos cinco anos de sucateamento e mudança de perfil. A
venda dos segmentos mais lucrativos para a iniciativa privada prejudicou a
captação de recursos que contribuíam muito para o acúmulo de capital para
empréstimo. Com a falta de capital, a Caixa perdeu terreno para a
concorrência”, completou.
“Não é da noite para o dia que a gente consegue mudar
algumas coisas, mas precisamos ser ágeis na correção dos rumos para que no
aniversário da Caixa do ano que vem, a gente possa comemorar o retorno de
milhões de clientes que evadiram do banco, seja por essa falta de recursos,
seja pelo atraso tecnológico. Que a Caixa enxergue que investir em qualidade de
atendimento e na valorização de seus empregados é transformar a empresa em um
ambiente saudável, que as pessoas querem estar para fazer negócio”, continuou o
coordenador da CEE/Caixa.
Lucro e valorização
Dados de um levantamento realizado pelo Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que,
mesmo realizando essa enormidade de atendimentos sociais, que os bancos
privados não realizam por considera-los pouco rentáveis, a Caixa foi o banco,
entre os cinco maiores (Caixa, BB, Itaú, Bradesco e Santander), com o segundo
maior crescimento do lucro (+21,6%), na comparação com o mesmo período do ano
passado.
“É uma pena que nem sempre as empregadas e os empregados são
valorizados por tudo o que fazem pelo banco e pelo país. Ao contrário, muitas
vezes sofrem assédio e cobranças abusivas pelo cumprimento de metas. Também são
atingidos pela sobrecarga de trabalho e pelos constantes problemas nos
sistemas, devido aos equipamentos ultrapassados”, lamentou o Eliana Brasil.
Entre o final de 2014 e setembro de 2024, houve uma redução
de 18% do quadro de pessoal da Caixa. Em números absolutos a queda foi de
101.500 empregas no final de 2014 para 83.640 em setembro de 2024. Uma redução
de 17.860 postos de trabalho.
Nestes mesmos 10 anos, a Caixa teve um aumento de 75 milhões
de clientes (78.318 em 2014 para 153.196 em setembro de 2014), o que representa
um aumento de 96%.
Com isso, o número de clientes por empregado cresceu 137%
(772 em 2014 para 1.832 em setembro de 2024).